PROFESSORA QUERENCIANA HAYDÊ SCHUSTER LANÇA LIVRO EM CAMPO VERDE E CUIABÁ.
HAYDÊ É QUERENCIANA DE CORAÇÃO FEZ FACULDADE DE PSICOLOGIA E MESTRADO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL, DOUTORANDA EM SAÚDE COLETIVA E FUNCIONÁRIA DA PREFEITURA DE VÁRZEA GRANDE E VIVE ATUALMENTE NA BAIXADA CUIABANA.
O PROJETO NASCEU NA ENTRADA DA PÓS GRADUAÇÃO E O FOCO DO MESTRADO FOI SE DEBRUÇAR SOBRE O AMBIENTE DE PROSTITUIÇÃO DE TRAVESTIS DA REGIÃO DO KM ZERO DE VÁRZEA GRANDE.
FORAM DOIS ANOS DE PESQUISA COM ORIENTAÇÃO E COM PARTICIPAÇÃO DE OUTROS PROFESSORES QUE CONTINUAM A PESQUISA.
ELA SE DÁ NUM TERRITÓRIO DE 8 QUADRAS DO KM ZERO E ALTAMENTE ORGANIZADO E CONSIDERADO UM DOS MAIORES DO BRASIL . O LIVRO DESTACA ENTRE OUTROS, ASPECTOS DA VIOLENCIA QUE ATINGE ESSA POPULAÇÃO E QUE NO CASO DO MARCO ZERO TEM INÍCIO LÁ ANOS 80.
A EXPECTATIVA DE VIDA DE UMA TRAVESTI É DE 35 ANOS.
O LIVRO TEM TIRAGEM DE 500 EXEMPLARES, MAS PODE SER ADO PELA INTERNET.
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Haydeé é querenciana de coração e atualmente é Docente da Universidade UNICENTRAL, servidora pública no município de Campo Verde e doutoranda em Saúde Coletiva. Desde o término de sua graduação em Psicologia a querenciana se debruça sobre o tema de gênero e sexualidade, que culminou posteriormente em seu mestrado em Antropologia Social e no lançamento do livro “Territorialização e performance de gênero: prostituição de travestis na baixada cuiabana” .
O livro foi construído á partir de uma etnografia realizada no Quilometro Zero em Várzea Grande, pesquisa essa que teve a duração de dois anos. Durante o tempo em campo e posterior interpretação das narrativas das interlocutoras, essa obra aponta para diversas temáticas que tangenciam a prostituição nesse território.
O Quilômetro Zero é um território composto por 8 quadras que diuturnamente recebe mulher cisgênero e travestis de muitas partes do país para trabalhar com prostituição. O espaço além de pontos de prostituição, também é composto por motéis, bares, casas noturnas e oficinas mecânicas. Além disso, o Quilômetro Zero é composto por residências e outras atividades comerciais.
Tal lugar é altamente organizado em suas hierarquias de funcionamento, divisão e ocupação de território além de regras de convivência, uma vez que os pontos de prostituição também são ocupados durante o dia. As regras de convivência abrangem por exemplo, o acordo de somente no período noturno as trabalhadoras possam estar nuas ou seminuas no ponto, as ruas e pontos que podem ser ocupados por cada grupo específico e regras de territorialização.
Além da prostituição, a autora aborda temas importantes que aparecem com frequência nas falas de suas interlocutoras, como por exemplo a violência, a transfobia, o o à saúde e as dificuldades familiares e de o à educação.
A relevância de todo esse projeto se dá a partir de alguns dados, como por exemplo, a expectativa de vida de uma mulher trans no Brasil é de 35 anos, sendo também o país com mais homicídios dessa população no mundo. Também é necessário compreender os sistemas de subjulgação e subjetivação dessa população, a qual atualmente 90% trabalha com mercado do sexo.
A obra pode ser comprada pelo site da editora EduFmt, ou a partir do contato com a própria escritora. A versão original da dissertação de mestrado que deu origem ao livro também pode ser ada livremente a partir do contato com a autora.